Comissão do projeto Turismo Afro em Alagoas, visita o Hùnkpámè Ayónó Hùndésô.

No sábado, dia 19 de julho, a Família Húndésô recebeu com alegria integrantes do Projeto Turismo Afro, que conheceram os espaços sagrados e as ações do Hùnkpámè Ayónó Hùndésô, localizado no povoado Riacho Branco, zona rural de Joaquim Gomes, na Região Serrana dos Quilombos.

Durante a visita, o grupo percorreu os caminhos da floresta sagrada e saboreou a culinária de terreiro, preparada pelo Mehuntó Lola. O coordenador do projeto, o Babalorixá e turismólogo Roberto Monteiro, apresentou os objetivos da iniciativa: “Nosso projeto visa preservar a cultura afro-brasileira em Alagoas, catalogar casas de Axé, capacitar novos destinos turísticos e criar produtos culturais. Além disso, buscamos combater o preconceito religioso, valorizar as tradições de terreiro e promover o desenvolvimento econômico afro-brasileiro.”

A equipe do Projeto Turismo Afro, viabilizado pela PNAB (Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura) e apoiado pelo Ministério da Cultura, é formada por:

- Roberto Monteiro – Coordenador (Turismólogo/Babalorixá)

- Sérgio Henrique – Coreógrafo (Dançarino e Decorador)

- Elton Barros – Educador (Técnico em RH, Pedagogo Especialista)

- Mônica Lima – Assessora de Comunicação (Jornalista)

- Gustavo Amaral – Assistente Técnico (Zootecnista)

- Leone Silva – Parceira (Cientista Social)

O presidente e sacerdote Doté Elias celebrou a visita com gratidão: “O ancestral do Hùnkpámè me autorizou a abrir o terreiro ao turismo, como forma de ajudar as famílias do povoado. Aqui temos muitos artesãos sem incentivo, vivendo de auxílio governamental. Este projeto traz esperança, dignidade e oportunidade, não apenas para a comunidade de terreiro, mas para todas as famílias da região.”

A Família Húndésô foi escolhida para sediar o lançamento oficial do Projeto Turismo Afro, que ocorrerá no dia 16 de agosto, na mesma data do lançamento do Ponto de Cultura Hùnkpámè Ayónó Hùndésô.

Será um grande momento de celebração da cultura afro-brasileira, do afroturismo e da resistência ancestral em Alagoas.

Axé e bem-vindos todos que sonham com um futuro mais justo, plural e culturalmente vivo.